quinta-feira, 28 de maio de 2015

OS LIVROS DE HISTÓRIA MUDARÃO

OS LIVROS DE HISTÓRIA MUDARÃO 

A descoberta que pode obrigar a mudar todos os livros de história
21/5/2015, 1:0310.051 PARTILHAS

Uma equipa de 22 arqueólogos descobriu ferramentas de pedra fabricadas há 3,3 milhões de anos, mais velhas do que a espécie humana. O homem é mais velho 700 mil anos?
AFP/Getty Images
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Uma equipa de 22 arqueólogos descobriu artefactos de pedra no Quénia fabricados há 3,3 milhões de anos, questionando, assim, a história da evolução humana. As ferramentas em questão precedem a altura em que a espécie terá começado a evoluir para Homo sapiens – que terá surgido há cerca de 200 mil anos -, sendo que as mais antigas até agora identificadas são 700 mil anos mais novas e foram descobertas na Etiópia. O anúncio consta num artigo publicado na conceituada revista científica Nature.

O achado foi feito por acidente no campo arqueológico de Lomekwi, no Quénia, quando os arqueólogos liderados por dois membros da Stony Brook University se enganaram no caminho previsto. Ao todo, foram descobertos 150 artefactos num local sem a presença de quaisquer fósseis.

Desconhece-se, então, qual a espécie humana responsável por esta criação, até porque o antepassado comum mais próximo do Homem (Homo) como o conhecemos hoje, terá surgido há 2,5 milhões de anos na costa oriental de África. Ainda assim, o Globo escreve que o antepassado humano Kenyanthropus platyops estaria presente na região e que restos do Australopithicus afarensis foram encontrados no leste de África no mesmo período.

Os investigadores acreditam que os artefactos foram fabricados por uma ainda por determinar espécie de hominídeo com um bom controlo motor, diz o Daily Mail. O certo é que os achados fazem crescer a crença de que formas pré-humanas exibiram comportamento “humano”, além de desafiarem a ideia de que os nossos antepassados mais diretos foram os primeiros a fazerem de duas pedras um utensílio.

Se a descoberta confirmar que o homem é afinal quase 700 mil anos mais velho do que o que se pensava, isso obrigará a mudar todos os manuais de história. Ou os de ciência, porque pode também pôr em causa o último elo da teoria da evolução das espécies e mostrar que os pré-hominídeos já usavam ferramentas.

Seja como for, pode ser obrigatório dar novas datas à era da pedra lascada.
http://observador.pt/2015/05/21/descobertas-ferramentas-pedra-antigas-homem/

sexta-feira, 15 de maio de 2015

CAVALEIROS DO ZODÍACO: OS PRINCIPAIS DEUSES GREGOS


CAVALEIROS DO ZODÍACO: OS PRINCIPAIS DEUSES GREGOS

[Conhecimento] A mitologia grega


O inicio de tudo: Gaia e Urano.

"Mitos de origem" ou "mitos de criação", na mitologia grega, são termos alusivos à intenção de fazer com que o universo torne-se compreensível e com que a origem do mundo seja explicada. Além de ser o mais famoso, o relato mais coerente e mais bem estruturado sobre o começo das coisas, a Teogonia de Hesíodo também é visto como didático, onde tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. 

Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. 

Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Crios, Hiperion, Jápeto, Teia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros. 

Contudo, Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai. Somente Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos", castrou o seu pai– com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia– e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos os irmãos presos no interior da mãe. 

A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. 

Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos titãs com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte.

A ascensão dos deuses.

Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o destronasse. 

Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu escapar do destino. A mãe, pegou uma pedra, enrolou-a em um tecido e deu a Cronos, que comeu-a, pensando que fosse Zeus. O filho travou uma guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses. Ao final, com a força dos Cíclopes– a quem libertou do Tártaro– Zeus venceu e condenou Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos. 

Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos Titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos estavam os olímpicos- cuja limitação de seu número para doze parece ter sido uma ideia moderna, e não antiga - que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus. 

Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades rupestres, como o deus-bode Pã, o deus da natureza e florestas, as ninfas— Náiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e as Nereidas (que habitavam o mar) —, deuses de rios, Sátiros, meio homem, meio bode, e outras divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego seres como as Erínias (ou Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.

No entanto, os deuses gregos, embora poderosos e dignos de homenagens como as presentes nos hinos, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, cólera, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas), embora fossem donos de corpos físicos ideais. Independentemente de suas formas humanas, os deuses gregos tinham muitas habilidades fantásticas, sendo as mais importantes: ter a condição de ser imune a doenças, feridas e ao tempo; ter a capacidade de se tornar invisível; viajar longas distâncias instantaneamente e falar através de seres humanos sem estes saberem. Os gregos consideravam a imortalidade — que era assegurada pela alimentação constante de ambrosia e pela ingestão de néctar — como a característica distintiva dos deuses.

Cada deus descende de uma genealogia própria, prossegue interesses próprios, tem uma certa área de especialização, e é regido por uma personalidade singular; no entanto, essas descrições surgem a partir de uma infinidade de locais arcaicos variantes, que não coincidem sempre com elas. Quando esses deuses eram aludidos na poesia, na oração ou em cultos, essas práticas eram realizadas mediante uma combinação de seus nomes e epítetos, que os identificavam por essas distinções do resto de suas próprias manifestações (e.x. Apolo Musageta era "Apolo, [como] chefe das Musas").


A maioria dos deuses foram associados a aspectos específicos de suas vidas: Afrodite, por exemplo, era deusa do amor e da beleza, Ares era deus da guerra, Hades o deus da morte e do inferno, e Atena a deusa da sabedoria, guerra e da coragem. Certos deuses, como Apolo (deus do sol) e Dionísio (deus da festa e do vinho), apresentam personalidades complexas e mais de uma função, enquanto outros, como Héstia e Hélio, revelam pequenas personificações. 

Os templos gregos mais impressionantes tendiam a estar dedicados a um número limitado de deuses, que foram o centro de grandes cultos pan-helênicos. De maneira interessante, muitas regiões dedicavam seus cultos a deuses menos conhecidos e muitas cidades também honravam os deuses mais conhecidos com ritos locais característicos e lhes associavam mitos desconhecidos em outros lugares. Durante a era heroica, o culto dos heróis (ou semi-deuses) complementou a dos deuses e ambas as criaturas se fundiram no imaginário da Grécia.

Zeus
Zeus na religião da Grécia Antiga, é o "pai dos deuses e dos homens" que exercia a autoridade sobre os deuses olímpicos como um pai sobre sua família. É o deus dos céus e dos trovões, na mitologia grega. Seu equivalente romano é Júpiter.

Filho de Crono e Reia, Zeus é o mais novo de seus irmãos; na maior parte das tradições é casado com Hera, embora, no oráculo de Dodona, sua esposa seja Dione. É conhecido por suas aventuras eróticas, que frequentemente resultavam em descendentes divinos e heróicos, como Atena, Apolo e Ártemis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena de Troia, Minos, e as Musas (de Mnemosine); com Hera, teria tido Ares, Hebe e Hefesto.

Em Cavaleiros do Zodiaco, ainda está para fazer uma aparição, na suposta Saga de Zeus que se colocaria após o Next Dimension.

Hades


Hades, na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos.

Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra.

É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia, formava com seus cinco irmãos os Crônidas: as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Poseidon e Zeus.

Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone, filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.

Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Thanatos, deus da morte, ou as Queres.

Em Cavaleiros do Zodiaco, Hades tomou Shun de Andrômeda como seu receptáculo, já que todos os receptáculos de Hades são conhecidos por serem os mais gentis e de coração puro da geração. É sempre servido por seus deuses menores e servos, Thanatos e também Hypnos, o deus do sono.

Poseidon
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Poseidon é o deus dos mares e terremotos de acordo com a mitologia grega.

Poseidon disputou com Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de Atenas, o que em Saint Seiya, é representado pelas diversas guerras santas que os dois travaram ao longo dos anos.

As mulheres da Ática tinham o direito ao voto na época do rei Cécrope I. Quando este rei fundou uma cidade, nela brotaram uma oliveira e uma fonte de água. O rei perguntou ao oráculo de Delfos o que isso queria dizer, e resposta foi que a oliveira significava Atena e a fonte de água Poseidon, e que os cidadãos deveriam escolher entre os dois qual seria o nome da cidade. 

Todos os cidadãos foram convocados a votar, homens e mulheres; os homens votaram em Poseidon, as mulheres em Poseidon, e Atena venceu por um voto. Poseidon ficou irritado, e atacou a cidade com as ondas. Para apaziguar o deus, as mulheres de Atenas aceitaram três castigos: que elas perderiam o direito ao voto, que nenhum filho teria o nome da mãe e que ninguém as chamaria de atenienses.

Na Ilíada, Poseidon aparece-nos como o deus supremo dos mares, comandando não apenas as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras, provocando nascentes e desmoronamentos costeiros com o seu tridente. Embora seu poder pareça ter se estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez, têm as suas próprias deidades, não obstante o facto de que Poseidon fosse dono da magnífica ilha de Atlântida.

Geralmente, Poseidon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os gregos na Guerra de Troia, mas levou anos se vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um de seus ciclopes.

Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível. Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus ventos e terremotos por capricho.

Considerando que as inúmeras aventuras amorosas de Posídon foram todas frutíferas em descendentes, é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os de seu irmão Hades, são quase todos maléficos e de temperamentos violentos. Alguns exemplos: de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce o gigante Chrysaor e o cavalo alado, Pégaso; de Amimone nasce Náuplio; com Deméter nasce Despina, deusa do inverno que acaba com tudo o que sua mãe e sua meia-irmã Perséfone cultivam, também congela as águas; com Ifimedia, nascem os irmãos gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram mesmo a declarar guerra aos deuses.

Em Cavaleiros do Zodiaco, foi representado pelo receptáculo Julian Solo, o herdeiro de uma familia rica de comerciantes maritmos. Manipulou Hilda com o Anel dos Nibelungos para jogar Asgard em guerra contra Atena e depois ele mesmo a raptou, causando então outra guerra santa entre os deuses.

Atena


Atena, também conhecida como Palas Atena é, na mitologia grega, a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. 

Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África. Por isso seu culto assumiu muitas formas, além de sua figura ter sido sincretizada com várias outras divindades das regiões em torno do Mediterrâneo, ampliando a variedade das formas de culto.

A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo. Foi padroeira de várias cidades mas se tornou mais conhecida como a protetora de Atenas e de toda a Ática. Também protegeu vários heróis e outras figuras míticas, aparecendo em uma grande quantidade de episódios da mitologia.

Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente.

Em Cavaleiros do Zodiaco, seu receptáculo é Saori Kido, que com a morte de seu avô tomou conta de todas os negócios da familia e a Fundação Graad, uma rica empresa. Sempre acompanha os cavaleiros em suas batalhas ou o ajuda com sua cosmo-energia, dando apoio e força para seus leais guerreiros. É extremamente doce e age com compaixão até com seus inimigos.

Ares


Ares, na mitologia grega, é o deus da guerra selvagem, da matança e da violência.

Ares é filho do famoso Zeus e Hera. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.
Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos).

Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares.5 Embora também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.

"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

Em Cavaleiros do Zodiaco, foi mencionado somente no Hipermito. Segundo o mesmo, Ares atacou Atena e seus Cavaleiros após a guerra contra os Gigantes. A Batalha foi considerada a mais severa dentre as várias Guerras Santas que existiram.

A Guerra Santa entre os Berserkers de Ares e os Cavaleiros se prolongou por muito tempo sem uma pausa sequer. Nem mesmo com a participação dos Cavaleiros de Bronze, de Prata e de Ouro, totalizando 88 guerreiros, o exército de Atena foi capaz de subjugar as Legiões de Ares.

Atena então é obrigada a permitir, pela primeira vez que seus Cavaleiros usassem as Armas da Armadura de Libra em batalha. Com as doze Armas, os Cavaleiros de Atena conseguem reverter a vantagem das Legiões de Ares.

Hefesto
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Hefesto (ou Hefaísto) é um deus da mitologia grega, cujo equivalente na mitologia romana era Vulcano. Filho de Zeus e Hera, rei e rainha dos deuses ou, de acordo com alguns relatos, apenas de Hera, era o deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo e dos vulcões. 

Como outros ferreiros mitológicos, porém ao contrário dos outros deuses, Hefesto era manco, o que lhe dava uma aparência grotesca aos olhos dos antigos gregos. Servia como ferreiro dos deuses, e era cultuado nos centros manufatureiros e industriais da Grécia, especialmente em Atenas. O centro de seu culto se localizava em Lemnos. 

Os símbolos de Hefesto são um martelo de ferreiro, uma bigorna e uma tenaz, embora por vezes tenha sido retratado empunhando um machado.

Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal

Nunca houve qualquer menção de Hefesto em Saint Seiya.

Hermes


Hermes era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos. 

Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. 
Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas.

As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. 

Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. 

No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses.

Embora Hermes nunca tenha aparecido pessoalmente em Saint Seiya, ele é mencionado como um dos responsáveis diretos pela destronação e banimento do deus Abel.

Dionísio
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Dioniso ou Dionísio é o Deus grego dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. 

Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único Deus olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica. Cadmo, rei e fundador de Tebas, foi casado com Harmonia, filha de Ares e Afrodite. Cadmo (e Harmonia) tiveram vários filhos, Autônoe, Ino, Sêmele, Agave e Polidoro.

Zeus engravidou Sêmele, sem o conhecimento de Hera, e prometeu a Sêmele que esta poderia pedir o que quisesse; enganada por Hera, ela pediu que Zeus se mostrasse a ela na sua forma real, como ele se mostrava para Hera. 

Sem poder recusar, Zeus aparece em uma carruagem de raios e trovões, e Sêmele morre, pelo motivo de que seus olhos mortais não suportam a luz divina; Zeus pega o bebê prematuro de seis meses, e o cria na sua coxa. 

As irmãs de Sêmele, porém, disseram que ela tinha engravidado de um mortal, falsamente acusando Zeus de tê-la assassinado com um raio.

Na hora de Dioniso nascer, Zeus desfez os pontos, e entregou o bebê a Hermes, que o entregou a Ino e seu marido Atamante, ordenando que ele fosse criado como uma menina. Mas Hera fez Atamante enlouquecer, e matar seu filho Learco, confundindo-o com um veado; Ino, sem seguida, matou o outro filho Melicertes, e se jogou, com o filho morto, no fundo do mar.

Zeus, desta forma, enganou Hera. Tomou Dionísio para si, e entregou-o para as ninfas que viviam em Nisa, na Ásia; estas ninfas, como prêmio, foram transformadas nas estrelas chamadas Híades.

Apolo

Afrodite


Ártemis


Hera


Héstia



Deméter

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http://ssburningcosmo.forumeiros.com/t13-conhecimento-a-mitologia-grega#13

sábado, 9 de maio de 2015

BIOGRAFIA ABORDA BRASIL DESDE ANTES DA CHEGADA DOS PORTUGUESES ATÉ O PERÍODO FHC

BIOGRAFIA ABORDA BRASIL DESDE ANTES DA CHEGADA DOS PORTUGUESES ATÉ O PERÍODO FHC

Biografia revela a trajetória do Brasil, de seus protagonistas e do seu povo

Por :MARIA FERNANDA RODRIGUES

Obra de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling cobre desde antes da chegada dos portugueses até o primeiro governo FHC

Há poucos dias, uma jornalista brasileira trocou a foto do seu perfil do Facebook e recebeu uma avalanche de insultos (“macaca”, “escrava”, “modelo de senzala”). Em 1982, durante uma blitz da Polícia Militar numa favela carioca, suspeitos foram presos pelo pescoço e amarrados uns aos outros por uma corda. Eram todos negros. A cena, com variações, se repete todos os dias neste que foi o último país ocidental a abolir a escravidão - e que sempre acreditou na história oficial que diz que aqui ela foi mais amena do que em outros países, e que o encontro com o colonizador foi pacífico.

As historiadoras Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling mostram que não foi bem assim. Elas lançam na terça-feira, dia 12, com debate, o livro Brasil: Uma Biografia. Recheado de dados, fatos, interpretações, personagens e também curiosidades e anedotas, o livro acompanha a construção do País desde antes da chegada dos portugueses, que dizimaria boa parte da população local, até a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso. Algumas características de seus dois mandatos, assim como dos de Lula e Dilma, aparecem na conclusão.

País foi construído a partir do 'comércio de almas' Foto: Divulgação

“Só podemos apreender os processos que se finalizaram e os atores ainda estão em cena”, justifica Lilia. “Na conclusão, nos demos o direito de falar sobre grandes temas, como a corrupção, que não é endêmica, mas sim histórica e uma construção social. E também não é só nossa. Nos permitimos traçar as grandes linhas do presente, mas sem preocupação, como nos capítulos, de analisar sistematicamente”, completa. Assuntos como a Comissão da Verdade também aparecem no final.

A obra nasceu de uma encomenda da Penguin, que, por causa da Olimpíada de 2016, queria publicar na Inglaterra, como explica Lilia, “um livro não tão grande e que fosse, ao mesmo tempo, narrativo e interpretativo, bom de ler e não vocacionado para um uso escolar”. É bom de ler, ajuda a juntar os fios da meada e, melhor, é uma importante ferramenta para compreendermos onde estamos e por que chegamos até aqui. Não ficou exatamente pequeno. São 693 páginas só de textos, fora os cadernos de imagens que completam a narrativa - a foto dos homens amarrados pelo pescoço está lá bem como o registro de um treinamento de tortura feito por soldados do Batalhão da Guarda Presidencial em Brasília, em 1972. As notas foram organizadas no fim do livro, o que torna a leitura ainda mais fluida. Também no final, há uma ampla cronologia, com os principais acontecimentos no Brasil, em Portugal e no mundo. O livro sairá, ainda, nos EUA e Portugal.

Heloisa Starling explica que as autoras tentaram construir uma reflexão do Brasil por dois eixos. O primeiro é o fato de termos uma sociedade, desde o início, violenta, hierárquica e desigual. O outro é que, também desde de sua origem, ela desenha uma história de luta por autonomia, construção de direitos e liberdades. “Essa ideia de que o Brasil é essas duas coisas ao mesmo tempo é o fio condutor”, diz.

Outra questão de fundo é a mestiçagem, completa Lilia. “Pensar a mestiçagem não só como união, mas como separação. Ver quais são as ambivalências de um processo em que a escravidão é uma linguagem desde que o Brasil não é Brasil, porque desde os indígenas ela já está aqui. Carregamos essa linguagem que tem consequências no momento presente. Afinal, não se passa pelo fato de ter sido o último país a abolir a escravidão com leveza.”

Acompanhamos, assim, a história de uma nação fundada da exploração, da violência, do extermínio, do desrespeito e da ganância, mas que desde os tempos mais remotos foi às ruas para se manifestar - por interesses individuais, como nas primeiras revoltas contra os impostos e o aumento de preços, ou por questões como liberdade, justiça e democracia. 

Neste projeto que durou cerca de dois anos e meio, as autoras dizem que foram “atropeladas” pelo Brasil. No processo, alguns personagens como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães cresceram por sua coerência política e ética, explicam, e conquistaram espaço. O mesmo ocorreu com momentos, como as regências. Uma curiosidade: o capítulo sobre o período foi escrito durante as manifestações de junho; na pesquisa, o povo pedia a queda de Pedro I, a constituição, liberdades democráticas; no presente, o brasileiro pedia algo assim e muito mais.

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Uma história composta de múltiplas narrativas

Biografar um país não é das tarefas mais simples. “Em vez de pensar uma biografia como uma elevação, cada vez mais pensamos nela como uma trajetória. E toda trajetória, seja pessoal ou coletiva, como esta, é permeada de avanços e recuos, contradições, acertos, enganos, vacilações”, conta Lilia Schwarcz. 

Para ajudar a dar conta dessa história, as autoras recorreram, também, a produções culturais da época, que apresentam um outro olhar sobre o mesmo tema. O humor também está presente em algumas passagens e descrições que nos aproximam dos grandes e dos pequenos personagens e nos levam à cena - como quando, no Motim do Maneta, em Salvador, os amotinados invadem a casa da pessoa responsável pelos impostos e acham, no segundo andar, um armário fechado. Não conseguem abri-lo e acabam jogando o móvel pela janela, que se espatifa. Para surpresa geral, derrama ouro em pó. “Uma cena de cinema”, brinca Heloisa Starling. 

O cinema brasileiro, aliás, é abordado no livro, e Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, ganha destaque. “Explodiu o primeiro filme revolucionário do Terceiro Mundo antes da Revolução Cubana”, diria Glauber Rocha à época. A literatura, o teatro e a música também estão lá, com nossos melhores intérpretes e movimentos.

“Cultura não é reflexo, ela produz um momento e seu contexto”, diz Lilia. “As linguagens da cultura fornecem outros pontos de vista sobre o evento, o personagem e a realidade e apresentam uma dimensão de subjetividade”, completa Heloisa.

Apesar de dizer que as duas autoras têm “uma grande empatia pelo biografado”, Heloisa garante que são muito impiedosas com ele. “Tememos que o biografado fique nervoso.”

Mas esta é uma história ainda em construção, e há avanços. “O País vem se enfrentando. Passamos por um período ditatorial muito mais forte do que dizíamos que passamos. Fizemos uma Constituição cidadã digna de todos. É uma sociedade que construiu um projeto mais democrático e vem batalhando por essa democracia. Sou positiva e acho que essa indignação nas ruas há de gerar cidadãos mais conscientes, ativos e atentos ao cumprimento da lei”, comenta Lilia. “Mas a República tem que aparecer. Nos valores públicos, nossa herança é perversa. A vocação é de se reinventar e o Brasil é bom de reinvenção”, completa.

DEBATE

Sesc Consolação. Rua Dr. Vila Nova, 245. 3ª (12), 19 h. Com as autoras e o historiador Boris Fausto

BRASIL: UMA BIOGRAFIA
Autoras: Lilia Schwarcz e Heloisa Starling
Editora: Companhia das Letras (792 págs.; R$ 59,90; 39,90 o e-book)

Trechos

"De tanto misturar cores e costumes, fizemos da mestiçagem uma espécie de representação nacional. De um lado, a mistura se consolidou a partir de práticas violentas, da entrada forçada de povos, culturas e experiências na realidade nacional. 

Diferente da ideia de harmonia, por aqui a mistura foi matéria do arbítrio. Ela é resultado da compra de africanos, que vieram para cá obrigados e em número muito superior ao dos que foram levados a outras localidades. 

O Brasil recebeu 40% dos africanos que compulsoriamente deixaram seu continente para trabalhar nas colônias agrícolas da América portuguesa, sob regime de escravidão, num total de cerca de 3,8 milhões de imigrantes.

3 Hoje, com 60% de sua população composta de pardos e negros, o Brasil pode ser considerado o segundo mais populoso país africano, depois da Nigéria. Além do mais, e a despeito dos números controversos, estima-se que em 1500 a população nativa girasse em torno de 1 milhão a 8 milhões, e que o “encontro” com os europeus teria dizimado entre 25% e 95%. 

4 De outro lado, no entanto, é inegável que essa mesma mescla, sem igual, gerou uma sociedade definida por uniões, ritmos, artes, esportes, aromas, culinárias e literaturas mistas. Talvez por isso a alma do Brasil seja crivada de cores. Nossos vários rostos, nossas diferenciadas feições, nossas muitas maneiras de pensar e sentir o país comprovam a mescla profunda que deu origem a novas culturas, porque híbridas de tantas experiências.

(...)"Ao relatar a viagem que empreendeu ao Rio de Janeiro em companhia de Tiradentes, o capitão José de Souza Coelho, vereador da Câmara da vila de Pitangui, anotou ser ele “senhor de variadas aptidões: um tanto cirurgião e tira-dentes, entendedor de ervas para curar chagas e febres, perito em calçadas, pontes, moinhos e encanamentos, além de conhecer, como a palma da mão, aquelas grotas e serras e bem assim distinguir pelos respectivos nomes e apelidos todos os seus habitantes”.

(...) Em Vila Rica, ninguém acreditou: advogado de grande prestígio na capitania, Cláudio Manuel da Costa teria sido assassinado a mando de Barbacena pelo muito que sabia sobre os membros da elite econômica envolvidos na Conjuração, e sobre os grupos de interesse ligados à atividade do contrabando que incluíam o governador e seu círculo íntimo. Até os nossos dias a morte de Cláudio Manuel continua suspeita e provoca debate: não há acordo entre os historiadores. Nem entre os escritores. Mais de duzentos anos depois, o romancista Silviano Santiago, em seu belo livro Em liberdade, cujo argumento é construído em torno da constante tensão entre história e ficção, sublinhou a importância de manter acesa a desconfiança acerca da primeira versão oficial de morte por suicídio de preso político: “Que força é esta dentro de mim que não pode admitir que Cláudio tenha se suicidado na Casa dos Contos?”

(...) Entre o recebimento do ultimato de Napoleão e o embarque da corte, os dias passaram ligeiros e decisões importantes foram tomadas secretamente, tanto que nos relatos há contradições sobre datas e nomes. De toda forma, começava nesse contexto um momento definidor para a história de Portugal e do Brasil. Monarquias se movem pouco e, quando o fazem, levam malas pesadas. Não seria diferente com d. João, que vivia isolado em seu palácio, rodeado por sua biblioteca milenar, mantida pela ação dos religiosos e com a ajuda de morcegos, os quais comiam os milhares de insetos. No fundo, o príncipe sabia o tamanho da tarefa: não só transportar a família real, como transladar instituições e a própria corte imperial.

(...) Nas praias e cais do Tejo, até Belém, espalhavam-se pacotes, caixas e baús largados na última hora. No meio da bagunça e por descuido, toda a prataria da igreja Patriarcal, trazida por catorze carros, ficou na beira do rio, e só alguns dias depois voltou para a igreja. Também caixotes contendo livros da rica Real Biblioteca foram deixados para trás, no chão, para indignação dos livreiros, que lançavam impropérios diante de tamanho pouco-caso.58 Esqueceram-se carros de luxo, muitos sem terem sido descarregados. Houve até quem embarcasse sem mala, apenas com a roupa do corpo.59 O marquês de Vagos percebeu tarde demais que as carruagens e arreios da casa real tinham permanecido em terra firme, e do convés do navio expediu aviso “em linguagem rude”: que fretassem um “iate” para transportar todo aquele equipamento para o Brasil.60 O tom geral era de nervosismo e destempero.

(...) Paradoxalmente, a chegada da família real e a concomitante abertura dos portos, em lugar de restringir o tráfico, acabaram por elevá-lo a níveis ainda mais altos.61 O número de africanos era tão expressivo, e preocupante na visão das elites, que se empreenderam políticas em “prol da povoação branca”. Dos Açores vieram casais de ilhéus que recebiam mesadas, moradias, ferramentas, carros de boi e tudo mais que fosse necessário.

(...) O mecenato de d. Pedro II conheceu, ainda, outras facetas. É famosa a admiração do monarca pela ópera e a sugestão que fez a Wagner, em 1857, encomendando-lhe uma obra lírica para o Rio de Janeiro. O pedido foi gentilmente declinado, mas, em 1876, quando d. Pedro II assistia, ao lado do imperador da Alemanha e de outros soberanos alemães, à tetralogia de Wagner, encenada em Bayreuth, autodenominou-se “um wagneriano histórico”, e não de primeira hora como os demais. Em 1857, ele criava a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, destinada a formar músicos nacionais e difundir o canto lírico. O imperador interessava-se, igualmente, pela medicina, financiando pesquisas de profissionais

(...) O palanque desses comícios reunia as principais lideranças da frente suprapartidária - Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Lula, Tancredo Neves, Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro -, e os discursos eram acompanhados por uma multidão eufórica e comovida. Por outro lado, o engajamento de intelectuais do porte de Antonio Candido, Lygia Fagundes Telles e Celso Furtado, de jogadores de futebol como Sócrates e Reinaldo, e de artistas como Chico Buarque, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Juca de Oliveira, Fernanda Montenegro e Fafá de Belém foi decisivo para difundir as representações e os ideais de um projeto democrático. A campanha era tão grandiosa que acendeu na população a esperança de vitória. Mas, se o governo dos militares havia se desgastado, sua base de apoio político ainda não se desagregara, e as Forças Armadas estavam dispostas a agir para evitar o rompimento das regras do jogo sucessório."